Almeje, mesmo que mal – Jordan Peterson

Jordan Peterson sobre por que é importante que se almeje, mesmo que mal, de forma imperfeita. Se você não está disposto a ser um tolo, então nunca vai começar nada novo, e se nunca começar nada novo, não vai se desenvolver. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste corte de alguma de suas aulas/palestras originalmente publicado em 5 de fevereiro de 2022, o psicanalista clínico e acadêmico canadense Dr. Jordan B. Peterson compartilha um insight profundo sobre por que é importante que se almeje, mesmo que mal, de forma imperfeita.

Ele afirma que uma das maiores fontes de satisfação e emoção positiva em nossas vidas vem do simples ato de observar a si mesmo progredindo em direção a um objetivo valioso. A ausência de metas bem definidas, de acordo com seu raciocínio, resultaria numa vida sem grandes realizações ou felicidade sustentadora. Portanto, o essencial é começar, ainda que com um trabalho inicial ruim.

Peterson começa com uma reflexão sobre como muitas pessoas adiam o processo de planejar o futuro, citando exemplos de alunos que procrastinam ao tentar concluir o programa de future authoring, uma metodologia desenvolvida por ele. Ele explica que, muitas vezes, os obstáculos para começar estão em nossa própria mente, como o medo de fazer algo de forma imperfeita ou a crença de que precisamos esperar o momento perfeito.

“Eu digo às pessoas, faça isso de maneira desleixada, um pouquinho por vez, e mal. Porque você pode fazer isso.”

Isso se aplica até mesmo ao processo de escrever uma dissertação ou tese, onde Peterson incentiva seus alunos a produzirem uma primeira versão ruim, pois ela será o ponto de partida para melhorias, aconselhando para que se “escreva um primeiro rascunho muito ruim e, em seguida, teremos uma pequena conversa sobre isso. Para ele, a ação inicial, mesmo que imperfeita, é essencial, pois sem ela não se pode corrigir ou melhorar.

O canadense também nos lembra de que, para crescer, é necessário aceitar o risco de ser um “tolo” ao tentar algo novo. A ideia de que o “tolo” é o precursor do “salvador” vem de Carl Jung, que via o humor e o erro como partes essenciais do processo de transformação pessoal. A humildade necessária para começar de forma errada é o que propicia o crescimento genuíno.

“Se você não está disposto a ser um tolo, então você nunca vai começar nada novo, e se você nunca começar nada novo, você não vai se desenvolver”.

Peterson, então, propõe que a busca por um objetivo — mesmo que inicialmente pareça errada — pode nos levar a um aprendizado profundo, e usa a metáfora de uma estrela distante, que serve como um farol no céu, que nos guia mesmo que não saibamos exatamente para onde ela nos levará. A cada passo, a direção vai se ajustando, mas o mais importante é que a jornada não é estática, e o progresso ocorre, mesmo que com erros ao longo do caminho. É enfatizado que, se não nos movermos, caímos no risco de retroceder. O mundo continua a se mover, e não podemos permitir que ele nos deixe para trás.

“Se você ficar parado, vai ficar para trás.”

A transformação não é fácil, mas é um processo contínuo, pois “a cada erro, você morre um pouco, mas você sempre se levanta de novo”. Mesmo que as mudanças sejam dolorosas, nos aproximam de uma versão mais refinada de nós mesmos. No final, o que importa é que, ao nos arriscarmos e seguirmos em frente, nós nos iluminamos com o conhecimento adquirido ao longo do caminho.

Peterson conclui que o mais importante é não ficar parado, “porque o mundo se afasta de você se você ficar parado”. A vida é uma constante adaptação e movimento, e o sucesso está em continuar avançando, mesmo que por caminhos tortuosos.

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