A dignificação da mulher na Idade Média

Orlando Fedeli revela que foi na Idade Média quando a mulher ganhou dignidade, graças à Igreja. Desmistifica alegações de grupos revolucionários esquerdistas, como as feministas, que a mulher era oprimida e desumanizada naquela época. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Este é um trecho da famosa e magnífica aula do valente Professor Orlando Fedeli a respeito da Idade Média, onde revela que foi neste período da história humana quando a mulher ganhou dignidade, graças à Igreja Católica.

Este falecido historiador brasileiro (1933 – 2010) – doutor no assunto – desmistifica em poucos minutos de vídeo alegações de grupos revolucionários esquerdistas, como as feministas, de que a mulher seria oprimida e desumanizada pela Igreja naqueles tempos.

Fedeli também acaba mostrando que elas só ficaram em evidência por suas virtudes na Idade Média, ao contrário da Antiguidade, quando o eram por seus vícios e corrupções, o que também acontece nos tempos de hoje.

A mulher na Antiguidade: fama pelo vício

Fedeli inicia sua explicação contrastando o papel feminino na Idade Média com o da Antiguidade, apontando que, no mundo antigo, as mulheres famosas eram lembradas principalmente pelos seus vícios e escândalos, destacando figuras como Cleópatra, Messalina e Agripina.

Essas mulheres ficaram conhecidas por suas condutas moralmente duvidosas, sendo Cleópatra, por exemplo, uma figura que usava sua beleza e influência para conquistar poder, sendo amante de homens poderosos como Júlio César e Marco Antônio. Da mesma forma, Messalina, esposa do imperador Cláudio, foi lembrada por sua promiscuidade, e Agripina, mãe de Nero, por sua relação conflituosa e trágica com o filho.

Essas figuras femininas da Antiguidade são frequentemente vistas como símbolos de decadência moral. Como Fedeli destaca, elas não eram famosas por suas virtudes, mas por seus escândalos, o que reflete o papel desvalorizado e instrumentalizado da mulher naquele contexto.

A transformação na Idade Média: virtude e santidade

Com a chegada da Idade Média, a narrativa em torno da mulher muda drasticamente. De acordo com Fedeli, esse período foi responsável por trazer à tona uma nova valorização da mulher, centrada em sua virtude e dignidade. A Igreja Católica desempenhou um papel fundamental nesse processo. Na Antiguidade, as mulheres eram destacadas pelo vício; já no Medievo, começaram a ser reverenciadas por suas virtudes.

Um exemplo claro disso é o surgimento de figuras como Santa Clotilde, rainha que governou a França, e outras santas como Santa Radegunda, Santa Cunegunda, Santa Isabel da Hungria e Santa Isabel de Portugal​. Pela primeira vez, a mulher era vista como capaz não apenas de exercer o poder político, mas de ser venerada por sua santidade. Estas se tornaram exemplos de liderança virtuosa e mostraram como a influência feminina poderia se manifestar de maneira digna e moral.

O papel central de Nossa Senhora

Outro fator essencial para a valorização da mulher na Idade Média foi a reverência a Nossa Senhora, Maria, mãe de Jesus. Fedeli explica que a Igreja Católica, ao elevar a figura de Maria como a “Mãe de Deus”, concedeu um novo status às mulheres em geral. Através de Maria, a mulher passou a ser vista como um instrumento de salvação e graça divina, em contraste direto com Eva, responsável pela queda da humanidade.

As catedrais góticas medievais, muitas delas dedicadas à Nossa Senhora (Notre Dame), são um testemunho de como a mulher foi honrada nesse período​. Maria se tornou o exemplo supremo de pureza e virtude, e seu culto ajudou a moldar a visão da mulher como alguém capaz de grandeza espiritual e moral.

A mulher e o fim da escravidão

Além da dignificação da mulher, a Idade Média também viu o início do declínio da escravidão, algo que Fedeli também aponta. Na Antiguidade, a escravidão era amplamente praticada, mas foi a Igreja Católica, com sua ênfase na igualdade de todas as almas perante Deus, que começou a questionar e combater essa prática​. A dignidade humana, incluindo a da mulher, começou a ser vista sob uma nova luz, onde virtudes como a caridade e compaixão se destacavam.

Uma nova perspectiva

O impacto da Igreja na dignificação da mulher durante a Idade Média é inegável. Enquanto o mundo antigo via a mulher como um objeto de escândalo ou como um instrumento político, o período medieval, influenciado pelos ensinamentos cristãos, o viu como um ser digno, capaz de santidade e liderança moral. O legado de mulheres como Santa Clotilde e a veneração a Nossa Senhora continuam a ressoar até os dias de hoje, desafiando as narrativas modernas que tentam distorcer a história.

Para entender verdadeiramente a Idade Média, é preciso conhecer historiadores sérios, que nos ajudam a ver além dos mitos e preconceitos históricos, oferecendo uma visão mais rica e fundamentada do passado.

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