O que fizemos com o míssil britânico apreendido em 1982?

Vídeo do canal Hoje no Mundo Militar que questiona o que o Brasil fez com o míssil antirradiação, um AGM-45 Shrike britânico, apreendido em 1982 junto com o caça-bombardeiro Avro Vulcan durante a Guerra das Malvinas. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Originalmente publicado em 12 de fevereiro de 2017, este vídeo do canal Hoje no Mundo Militar questiona, em poucos minutos, o que o Brasil fez com o míssil antirradiação, um AGM-45 Shrike britânico, apreendido em 1982 junto com o caça-bombardeiro Avro Vulcan durante a Guerra das Malvinas.

A apreensão aconteceu após uma interceptação realizada pela Força Aérea Brasileira. Os britânicos, ao perceberem que não conseguiriam se desfazer de toda a carga antes do pouso, acabaram deixando para trás um dos dois mísseis AGM-45 Shrike que estavam instalados na aeronave, artefato que não devolvido oficialmente ao Reino Unido, o que, desde então, gerou várias especulações sobre seu destino.

O AGM-45 Shrike, criado pelos EUA em 1965, é um míssil projetado para destruir radares antiaéreos inimigos, sendo guiado pelas ondas de radar emitidas pelo próprio alvo. Com alcance de até 25 km, foi usado com sucesso pelos britânicos durante o conflito das Falklands (Malvinas).

Embora existam diversas hipóteses sobre o destino do míssil apreendido, inclusive a possibilidade de engenharia reversa, o vídeo afirma que nada indica que ele tenha sido usado como base direta para o desenvolvimento de um míssil nacional com características similares. Segundo a narrativa apresentada, os trabalhos brasileiros só teriam começado em 1998, 16 anos após o episódio, projeto que resultaria no MAR-1, o primeiro míssil antirradiação desenvolvido no país, com tecnologia inteiramente nacional desenvolvida pela empresa Mectron em parceria com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).

Ainda assim, a coincidência temporal e o fato de que o AGM-45 nunca mais foi oficialmente mencionado pela FAB alimentam a imaginação de entusiastas e conspiracionistas. Uma das versões sustenta que ele teria sido estudado detalhadamente, talvez desmontado para análise, mas nunca devolvido. Outra, mais especulativa, afirma que ele teria sido sim utilizado como referência secreta para os engenheiros brasileiros, mesmo que de forma indireta.

De qualquer forma, a versão mais aceita é que o míssil foi apenas inspecionado e arquivado. Independentemente do que tenha acontecido, o desenvolvimento do MAR-1 é um feito tecnológico notável. Em 2017, apenas outros dez países dominavam essa tecnologia, o que torna o marco ainda mais relevante.

Em resumo, o paradeiro do míssil AGM-45 Shrike segue como um dos pequenos mistérios não resolvidos da história militar brasileira, deixando espaço para a dúvida: fizemos algo com ele, ou apenas aprendemos a fazer sem ele?

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