Descrição
Neste trecho fascinante de sua fascinante palestra sobre Moll Flanders, de Daniel Defoe, o saudoso professor e economista José Monir Nasser (1957 – 2013) explora a ideia de como ampliar o horizonte de consciência, um conceito fundamental para entender as limitações e possibilidades que moldam a forma como percebemos e interagimos com o mundo. Trata-se do alcance que uma pessoa tem para perceber, compreender e processar em termos de ideias, ética e relações sociais.
Na sua argumentação, o professor apresenta três recomendações práticas que, segundo ele, são ferramentas indispensáveis para viver uma vida mais significativa e plena.
1. Ler romances: o poder das histórias
Para Monir, os romances são a chave para expandir a visão de mundo. Diferentemente de livros técnicos ou filosóficos, que muitas vezes permanecem na abstração, a grande literatura apresenta as possibilidades humanas de forma descritiva e concreta. Ao mergulhar em narrativas, o leitor é levado a explorar perspectivas diferentes, ampliando sua capacidade de imaginar, compreender e empatizar.
Ele reforça que esse impacto é especialmente forte em crianças, sendo que as quais adquirem este hábito desenvolvem uma inteligência e um horizonte de consciência muito maiores do que aquelas que não têm acesso à leitura. O autor recomenda que, desde cedo, se incentive o hábito de leitura com obras ricas em possibilidades, como A História Sem Fim.
2. Ter um objetivo maior que a própria vida
Monir desafia seus ouvintes a nunca estabelecerem metas que se limitem à duração ou ao alcance de suas vidas, mas que sejam significativas e que transcendam o indivíduo e conectar-se a algo maior, seja contribuir para a preservação de valores culturais, melhorar a justiça em um país ou transformar uma área de conhecimento.
Tal ponto é ilustrado com exemplos práticos: um educador deve ter como meta não apenas ensinar uma aula, mas contribuir para a formação de gerações futuras; um engenheiro pode buscar elevar os padrões de sua profissão. Esse tipo de objetivo amplia o horizonte de consciência porque exige uma visão além das necessidades imediatas e pessoais.
3. Buscar o sentido da vida continuamente
A terceira recomendação é nunca deixar de perguntar: “Qual é o sentido da minha vida?”, uma questão que mantém a mente aberta e evita que a existência seja reduzida a objetivos pequenos, como simplesmente obter um salário. Ele alerta que, ao abandonar essa reflexão, corremos o risco de viver de forma meramente instintiva, comparável a uma existência “zoológica”.
Monir cita Moll Flanders como um exemplo literário que ilustra essa questão. A protagonista desta obra, ao final de sua vida, percebe que viveu de maneira equivocada, buscando apenas satisfações imediatas. Esse erro, segundo Monir, é uma armadilha que podemos evitar ao refletir continuamente sobre o propósito de nossas vidas.
Conclusão: uma vida de propósito e amplitude
José Monir Nasser nos lembra que ampliar o horizonte de consciência é um processo ativo e contínuo. Ler histórias, estabelecer metas maiores que a vida e buscar constantemente o sentido da existência são caminhos para transcender limitações e viver com plenitude.
São práticas que nos permitem escapar da mediocridade de objetivos pequenos e alcançar uma vida com propósito, dignidade e conexão com algo maior do que nós mesmos.
P.S.: este clipe foi providenciado pelo canal Ewerton Kleber e publicado originalmente em 29 de maio de 2018.
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Mais informações
- Duração: 06:00
- Categorias: Curtos
- Canal: Ewerton Kleber
- Marcador(es): José Monir Nasser
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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