O instinto é normalmente aceito e propagado como sendo algo positivo.
Por exemplo, o instinto de sobrevivência, que nos fez sair das cavernas e resistir aos ataques de predadores cretinos até os dias atuais, o instinto de conquistar novas terras e desbravar continentes, ou ainda o instinto sexual, que tem garantido por gerações a perpetuação genética.
Quando percebemos o perigo, ou alguém em uma situação de risco e agimos por impulso para ajudar, seja dando um soco na cara de um desonrado ou pulando na água para salvar a vida de alguém, isso é instinto. Todas essas são características instintivas positivas, necessárias e que não devem ser suprimidas.
Durante nosso desenvolvimento como homens viris e honrados, não podemos menosprezar nosso instinto ancestral, devemos sim usá-lo a contento.
O lado ruim disso tudo é que o instinto do homem é muito forte e se você não tiver cuidado, ele pode lhe domar e fazer você se arrepender de algumas atitudes, ou mesmo atrapalhar seu desenvolvimento.
Se você não consegue terminar aquilo que começa ou perde a motivação após começar uma atividade, pode ficar tranquilo, isso não significa que você é um bunda mole: pode apenas ser um sinal de falta de razão nas decisões. Quando alguém não conseguir terminar as coisas que começa ocorre porque as iniciou levado pela emoção do ato e não por racionalizar sobre os resultados. Quando nós começamos algo motivados pela emoção da empreitada nossa vontade acaba rápido. Já quando começamos algo motivados pela razão ocorre o contrário: não ficamos muito empolgados no começo mas vamos ganhando interesse e vontade com o tempo.
O instinto sexual é importante para perpetuação da espécie, mas há agravantes. O vício na busca pelo sexo pode fazer você desviar o foco de outros objetivos durante seu desenvolvimento pessoal, lhe transformando num bobalhão que só pensa em vagina e que só ruma para onde o pinto aponta.
Outro aspecto importante: um homem nunca deve ter filhos pensando apenas no instinto e na empolgação pelo ato. Não raro vemos no meio animal um macho que se reproduz, abandona a cria e prossegue com sua vida. Esse é o instinto em sua pura essência. O reino animal funciona assim e está adaptado para funcionar assim, já que o objetivo é a perpetuação da espécie.
Nossa realidade, porém, é completamente diferente. A sociedade não está adaptada para funcionar sem a presença paterna. O papel do pai é fundamental, e é preciso pensar muito se você tem condições de exercer e cumprir esse papel antes de se ter um filho. Homens de verdade não apenas se reproduzem mas são capazes de criar, pois é assim que se muda o mundo: se reproduzindo e criando seres humanos responsáveis e honrados, para que estes sejam pilares na sociedade e a sua continuação quando você partir.
A saída pra o homem é exercitar a razão e domar seus instintos. Você tem um animal dentro de você pedindo para ser domado. Ele está te desafiando a cada dia e tentando te dominar, impedir seus avanços. Cabe a você mudar esse jogo e colocar a razão, e especialmente a honra, acima do seu enorme instinto.
Neste texto, o Doutrinador reflete se o instinto é um herói ou vilão no desenvolvimento pessoal do homem moderno, abordando suas virtudes, seus perigos e a necessidade de domá-lo com razão e honra. É um chamado à consciência, à responsabilidade e à construção de um caráter viril que não se rende aos impulsos, mas que os canaliza para o bem maior. Uma leitura para quem não quer ser escravizado pelo desejo, mas guiado pelo propósito.
Desde 2009, o Doutrinador discursou na Internet sobre masculinidade, desenvolvimento pessoal e entretenimento para homens de verdade, indo sempre direto ao ponto sem rasgação de seda e papo furado.
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- Postado originalmente em: 2 de setembro de 2014
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- Categorias: Artigos
- Autor e/ou editor: Doutrinador
- Marcador(es): Desenvolvimento pessoal, Doutrinador
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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