Descrição
Neste episódio do seu programa A Resposta Católica originalmente publicado em 24 de dezembro de 2021, o Padre Paulo Ricardo, em uma explicação profunda e fundamentada em evidências e pura lógica, discute se Jesus nasceu mesmo no dia 25 de dezembro, se esta data tem fundamento histórico ou se foi escolhida apenas para substituir uma festa pagã, como alguns maconheiros argumentam.
A exposição explora as tradições antigas, as bases cronológicas e as fontes que indicam o dia 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus.
25 de dezembro: tradição cristã ou influência pagã?
Desde pelo menos o início do século III, os cristãos celebram o Natal no dia 25 de dezembro, mas alguns mocorongos, toxicômanos, amargurados e uns que objetivamente odeiam a Igreja questionam se essa data foi estabelecida apenas para substituir uma celebração pagã. Padre Paulo destaca que, embora muitos acreditem que o Natal tenha sido alinhado ao “Sol Invictus” – a festa pagã do solstício de inverno –, não há documentos antigos que justifiquem essa teoria.
“Não há nenhum documento histórico em que um Papa ou bispo tenha decretado que o Natal substitui uma festa pagã,” explica Padre Paulo. Ele menciona ainda que essa explicação só surge na Idade Média como uma hipótese, sem provas concretas de que essa substituição tenha sido o motivo original.”
Na verdade, a celebração do nascimento de Cristo em 25 de dezembro possui raízes em uma tradição cristã muito anterior.
Tradições antigas e evidências históricas
Para fundamentar a data, o padre recorre ao testemunho de São Hipólito de Roma, que viveu no início do século III. Hipólito registra que, já em sua época, o nascimento de Jesus era celebrado no dia 25 de dezembro, uma prática observada quando o cristianismo ainda era perseguido pelo Império Romano e não tinha influência sobre as festas pagãs. Esse testemunho sugere que a escolha da data não foi política ou cultural, mas enraizada em uma tradição já consolidada entre os cristãos.
Além de Hipólito, outros documentos de autores cristãos como Santo Irineu, Clemente de Alexandria e Tertuliano fazem menções sobre o nascimento de Cristo, embora com diferentes datas, refletindo cálculos variados e tradições locais.
Uma perspectiva cronológica: o papel de São Zacarias e João Batista
O sacerdote destaca a análise do liturgista Nicola Bux, que relaciona o anúncio do nascimento de São João Batista ao serviço de seu pai, Zacarias, no templo de Jerusalém. De acordo com Bux, Zacarias teria servido no final de setembro, e o Anúncio a Maria, mãe de Jesus, ocorreu seis meses após o anúncio do nascimento de João.
“A liturgia síria começa a preparação para o Natal no dia 23 de setembro, data em que se celebra o anúncio do nascimento de João Batista.”
A partir desse cálculo, se estabelece o nascimento de João em 24 de junho, e o de Jesus exatamente seis meses depois, em 25 de dezembro, cronologia que sugere que a data do Natal está vinculada a uma sequência lógica de eventos, e não a uma tentativa de substituir uma festa pagã.
A festa da luz e o significado do solstício de inverno
O solstício de inverno, comemorado em 21 de dezembro no hemisfério norte, marca o início do aumento gradual das horas de luz do dia. Os pagãos celebravam a vitória do sol sobre a escuridão, enquanto para os cristãos, isso pode ser entendido como uma imagem apropriada para o nascimento de Cristo, o “Sol Nascente” que veio dissipar as trevas.
O Padre Paulo Ricardo explica que, embora a simbologia seja significativa, não prova que o Natal foi designado para substituir o “Sol Invictus”. Em vez disso, os cristãos celebravam o Nascimento de Cristo em dezembro de maneira independente e, apenas posteriormente, se fez essa associação simbólica. O Natal é uma celebração de luz, e a escolha de uma data próxima ao solstício reforça visualmente Cristo como a Luz do Mundo.
A consolidação da data: a tradição litúrgica e o ano litúrgico
A celebração do Natal em 25 de dezembro foi formalizada na Igreja ocidental no século IV, e desde então, essa data tem sido observada de forma quase universal no Cristianismo. Santo Agostinho, São Jerônimo, e São João Crisóstomo, entre outros, defenderam a celebração do Natal em dezembro, ajudando a estabelecer a data como uma tradição perene.
O sacerdote católico argumenta que a consolidação da data é um testemunho da força da tradição, não uma imposição política, sugerindo que, ao celebrar o nascimento de Cristo nessa data, a Igreja honra uma prática antiga e se une ao simbolismo universal da luz, sem necessidade de justificativas pagãs.
A tradição antiga como fundamentação do Natal
Ao final, Padre Paulo conclui que a escolha de 25 de dezembro para o Natal é sustentada por tradições e testemunhos cristãos antigos. A ausência de registros históricos que confirmem uma substituição pagã fortalece a ideia de que o Natal em dezembro é uma escolha autêntica da tradição cristã. Assim, a data é menos sobre substituir festividades e mais sobre honrar a luz que chegou ao mundo com o Nascimento de Cristo.
Esta Resposta Católica nos convida a refletir sobre o valor do que o Natal representa, um lembrete do papel de Cristo como o “Sol Nascente” que ilumina as trevas.
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- Canal: Padre Paulo Ricardo
- Marcador(es): Cristianismo, História, Natal, Padre Paulo Ricardo
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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