Olavo de Carvalho – Não seja um cão

Olavo de Carvalho faz uma profunda reflexão sobre a nossa percepção e a maneira como observamos o mundo à nossa volta e oferece um conselho: "não seja um cão", utilizando a diferença entre o ser humano e os animais como ponto de partida. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste vídeo, publicado em 31 de agosto de 2024, o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho (1947-2022) faz uma profunda reflexão sobre a nossa percepção e a maneira como observamos o mundo à nossa volta e, utilizando a diferença entre o ser humano e os animais como ponto de partida, oferece um conselho simples e direto: “não seja um cão.”

No trecho, que provavelmente é de alguma de suas aulas do Curso Online de Filosofia, Olavo explica que o ser humano é capaz de observar um objeto e reconhecer que ele não é apenas a face que se apresenta diante de seus olhos. Existe uma “multilateralidade” de aspectos de qualquer coisa que está diante de nós, e, para compreendê-la realmente, devemos ser capazes de imaginar suas outras facetas, mesmo que não estejam visíveis naquele momento. No entanto, adverte que, muitas vezes, as pessoas se fecham nessa percepção limitada e acabam tomando sua visão parcial como a totalidade da realidade. Esse comportamento é chamado por ele de “estase imaginativa.”

O filósofo faz uma crítica direta à tendência de simplificar o mundo, ignorando a complexidade das coisas e das pessoas. Assim como com os objetos, Olavo argumenta que, ao ver uma pessoa, não podemos nos limitar a enxergar apenas o corpo físico e os elementos visíveis – como o rosto, o nome e o momento presente. Há uma história de vida inteira por trás de cada pessoa, e, embora não possamos conhecê-la por completo num primeiro encontro, devemos estar abertos à possibilidade de que ela existe.

Aqui entra o grande ponto de Olavo: os animais, como os cães, não têm essa capacidade de abstração. Eles enxergam apenas o que está à frente deles, sem perceber os aspectos ocultos ou potenciais de um objeto ou pessoa. Ao nos comportarmos de forma semelhante, limitamos nossa percepção e nossa compreensão do mundo e das pessoas.

O conselho final de Olavo é claro: não seja um cão. Ele nos convida a exercitar nossa capacidade única de perceber e compreender a complexidade do mundo e dos seres humanos ao nosso redor, evitando cair na tentação de tomar a aparência superficial como verdade absoluta.

Este vídeo apresenta mais uma crítica poderosa à superficialidade com que a sociedade moderna trata as questões humanas, reforçando a importância da abstração e da profundidade no julgamento e na compreensão do mundo.

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