Olavo de Carvalho explica suas críticas à Hawking, Newton e Darwin

Olavo de Carvalho explica suas críticas à Stephen Hawking, Isaac Newton e Charles Darwin, esclarecendo seus comentários a respeito destes cientistas e até onde suas obras ou declarações teriam validade inquestionável. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Neste vídeo, o professor Olavo de Carvalho (1947-2022) explica suas críticas à Stephen Hawking, Isaac Newton e Charles Darwin, esclarecendo seus comentários a respeito destes cientistas e até onde suas obras ou declarações teriam validade inquestionável.

O brasileiro critica a tendência atual de idolatrar personalidades envolvidas com ciência e mantê-las acima de quaisquer dúvidas, usando o instrumental filosófico e metafísico para apontar também vários erros metafísicos em certas afirmativas que estes grandes nomes fizeram eventualmente.

A idolatria científica e seus perigos

Olavo de Carvalho começa abordando um fenômeno que ele chama de “dogma ginasiano”—a tendência de pessoas, muitas vezes sem preparo profundo, a se apegarem aos nomes da ciência que conheceram na escola, como Newton, Darwin e Hawking, e transformá-los em referências absolutas, sem abrir espaço para a análise crítica. Segundo Olavo, esse fenômeno reflete uma espécie de substituição de Deus por esses “ídolos científicos”, onde toda crítica é tomada como uma afronta pessoal, mesmo quando os próprios cientistas em questão são passíveis de erros​.

As críticas a Newton: além da gravidade

Sobre Isaac Newton, Olavo explica que o físico britânico era muito mais do que o autor da famosa “lei da gravitação universal”. A maior parte de seus escritos, cerca de 80%, estava relacionada à teologia e à alquimia. Newton, inclusive, era cristão, mas não acreditava na Trindade, algo que o levou a desenvolver uma espécie de teologia própria. Isso mostra que a obra de Newton é muito mais ampla do que sua contribuição à física e que, por vezes, há uma negligência ou ignorância em reconhecer esse outro lado do cientista. Olavo questiona a articulação entre essa parte teológica e a física de Newton, afirmando que esse é um “abacaxi” que ainda precisa ser descascado por estudiosos.

Stephen Hawking e o erro conceitual sobre a “criação a partir do nada”

Passando para Stephen Hawking, Olavo de Carvalho foca em uma declaração específica do físico, na qual sugere que o universo poderia ser criado a partir do “nada”, apoiado pela lei da gravidade. Olavo aponta uma confusão conceitual nesse argumento: segundo ele, uma lei não é uma força criadora, mas uma descrição de regularidades observáveis na natureza. A lei da gravidade, portanto, descreve como os objetos se relacionam, mas não os cria​.

Charles Darwin e a polêmica do design inteligente

Por fim, Olavo discute Charles Darwin e o debate em torno do design inteligente, destacando  que, curiosamente, o próprio Darwin sugere, ao final de sua obra A Origem das Espécies, que a evolução poderia ser parte de um plano divino. No entanto, Olavo critica a forma como o debate entre darwinistas e defensores do design inteligente é conduzido hoje, afirmando que ele se torna muito polarizado, sem considerar uma abordagem mais conciliadora​.

Considerações finais

Olavo de Carvalho encerra suas críticas argumentando que o erro fundamental em todos esses casos é a tentativa de substituir o conhecimento filosófico e metafísico por ciência, como se esta ferramenta pudesse responder a todas as questões existenciais e cosmológicas. Para Olavo, essa tendência não só é limitada, como desrespeita a própria natureza da ciência, que é, por definição, sempre provisória e aberta a revisões. É também interessante seu alerta para o perigo da “idolatria científica” e a importância de manter a capacidade de questionamento e pensamento crítico, mesmo em relação a figuras amplamente respeitadas.


P.S.: este vídeo foi publicado originalmente a 1º de janeiro de 2019, no canal oficial de Olavo de Carvalho.

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