Descrição
O professor Olavo de Carvalho explica o que foi a Revolução Francesa de fato, comentando sobre as correntes filosóficas e pensamentos que permearam neste período histórico e seus efeitos sobre o mundo. Também afirma que o mesmo foi o responsável por uma posterior decadência progressiva daquele país, então a grande potência mundial, reduzindo-o a um mero office boy do Islã.
Ele começa sua exposição citando o historiador Hippolyte Taine, autor do livro Origens da França Contemporânea, e Émile Durkheim, o sociólogo e filósofo francês que, junto com Karl Marx e Max Weber, é comumente citado como pai da ciência social moderna.
O trecho do vídeo parece ter sido tirado do Curso Online de Filosofia, ministrado pelo próprio Olavo de Carvalho, e apresenta ideias antagônicas àquelas difundidas pelo mainstream cultural e acadêmico a respeito da Revolução Francesa. A seguir, temos um resumo do conteúdo exposto no vídeo.
Revolução Francesa: transformação necessária ou fracasso?
A Revolução Francesa (1789–1799) é frequentemente celebrada como um momento decisivo na história da humanidade, com o seu lema “liberdade, igualdade e fraternidade”. Contudo, para alguns historiadores, essa visão não reflete completamente os resultados práticos da revolução, que teria levado a uma série de conflitos, ditaduras e instabilidade política na França.
A visão crítica de Hippolyte Taine
De acordo com exposto no vídeo, a Revolução Francesa foi, de muitas maneiras, um grande fracasso. Desde o início, a revolução teria sido conduzida por sociedades de pensamento que criaram um mundo fictício, afastado da realidade social francesa. Essas sociedades, compostas por intelectuais e pensadores iluministas, buscavam implementar um ideal filosófico utópico que, quando colocado em prática, resultou em violência e desordem.
As sociedades de pensamento e a “República das Letras”
No século XVIII, surgiram várias sociedades de pensamento na França, que se organizavam como clubes de debates, muitos dos quais tinham ligações com ordens secretas como a Maçonaria. Essas sociedades formaram o que ficou conhecido como “República das Letras”, um espaço onde intelectuais e semiletrados podiam debater suas opiniões sobre política, filosofia e a organização social.
Embora essas sociedades tivessem inicialmente a intenção de proporcionar um fórum para debates intelectuais, rapidamente se transformaram em uma força de oposição à ordem política vigente. Segundo o corte, essas sociedades criaram uma espécie de autoridade moral paralela, que não tinha poder político direto, mas exerciam grande influência cultural e social. Elas podiam, por exemplo, destruir a reputação de qualquer indivíduo que discordasse de suas ideias, estabelecendo uma espécie de “censura moral” que excluía aqueles que não se alinhavam com a opinião majoritária. Qualquer semelhança com a cultura do cancelamento seria mera coincidência?
O impacto da Revolução e suas consequências
O grande ideal da Revolução Francesa, na prática, levou a um grande banho de sangue, culminando no período conhecido como o “Reinado do Terror”, onde em apenas um ano se executou mais do que as mortes atribuídas à Inquisição Espanhola em quatro séculos. Após a queda da monarquia, o país mergulhou em uma série de instabilidades, que culminaram com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, estabelecendo uma ditadura militar, que alguns argumentam ser apenas uma continuação da Revolução.
Há uma crítica forte à ideia de que a Revolução Francesa trouxe benefícios duradouros à França. Durante 100 anos, o país enfrentou uma sequência de quedas, restaurando e perdendo regimes, e sofrendo derrotas em conflitos internacionais. De acordo com o vídeo, a França do século XVIII era uma das maiores potências do mundo, mas começou a decair após a revolução, culminando nas grandes tragédias do século XX, como a Primeira Guerra Mundial, onde, embora a França tenha saído vitoriosa, o custo foi altíssimo. Mais tarde, na Segunda Guerra Mundial, o país sofreu humilhações ainda maiores, como a invasão alemã.
A influência duradoura e o questionamento histórico
Apesar de ser celebrada por alguns, a Revolução Francesa pode e deve ser gravemente criticada. Já em 1989, durante as comemorações do bicentenário da revolução, houve muitas vozes na França que questionaram se havia algo a ser comemorado, considerando os fracassos subsequentes que a revolução teria desencadeado.
Os historiadores que adotam uma visão mais crítica, como Taine, argumentam que, ao buscar as causas profundas e estruturais dos eventos, como o Iluminismo, perde-se de vista o papel dos agentes humanos concretos e das decisões organizadas por sociedades secretas. Esses grupos, segundo essa análise, moldaram a narrativa da revolução e criaram uma impressão de unanimidade em suas discussões, o que, de acordo com debatido neste vídeo, foi uma distorção da realidade.
Conclusão
Para historiadores críticos da Revolução Francesa, o evento foi mais um experimento filosófico fracassado do que uma transformação positiva. Embora tenha gerado ideais e conceitos que ainda são reverenciados por alguns otários, os resultados práticos da revolução — guerra, ditaduras e décadas de instabilidade — levantam dúvidas sobre o seu real impacto. A “Revolução Francesa”, no fim das contas, pode ser vista tanto como um marco na história moderna quanto como um grande fracasso na busca pela utopia.
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- Duração: 14:48
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- Categorias: Curtos
- Canal: Olavo de Carvalho
- Marcador(es): Filosofia, História, Maçonaria, Mentalidade revolucionária, Olavo de Carvalho, Revolução Francesa
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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