Descrição
Nesta live realizada a 29 de fevereiro de 2024, Guilherme Freire explica por que a oligarquia fomenta homens fracos, explicitando por quais motivos o ostensivo enfraquecimento da masculinidade faz parte desta dinâmica e a relação da expansão da burocracia estatal (ou em outros contextos) com a eliminação das lideranças naturais da sociedade.
Além disso, Freire destaca a importância da cultura da honra e da estrutura familiar como resistência ao processo oligárquico. A seguir, tentamos resumir os temas principais desta exposição:
O enfraquecimento da masculinidade e controle Social
Freire inicia explicando como o enfraquecimento dos homens favorece a estabilidade de uma oligarquia, onde a figura do homem forte, autônomo e proativo é vista como uma ameaça, pois homens assim tendem a questionar e desafiar o status quo. A oligarquia, interessada em manter o controle, promove a acomodação e enfraquece figuras de liderança independente para evitar qualquer forma de oposição organizada.
“A mediocridade e a conformidade tornam-se valores preferidos, pois são mais fáceis de controlar. Qualquer pessoa que desafie a passividade e a ordem estabelecida representa uma ameaça ao sistema.”
A expansão da burocracia e a remoção de líderes naturais
Freire aponta que, à medida que a sociedade se torna mais burocrática, surge um sistema de controle que inibe a emergência de lideranças fortes. A burocracia se autoperpetua, criando uma estrutura onde decisões impessoais são tomadas sem que ninguém assuma verdadeiramente a responsabilidade, um ambiente que impede o surgimento de lideranças autênticas e eficientes, pois os processos são desenhados para manter a estrutura da própria burocracia.
Freire compara a situação ao ambiente corporativo, onde grandes empresas se tornam cada vez mais burocráticas com o crescimento. Inicialmente, elas são impulsionadas por líderes visionários, mas, ao se consolidarem, passam a ser regidas por normas e departamentos que agem em benefício da própria sobrevivência (ou até mais ainda exógenos), e não do objetivo inicial do empreendimento.
Essa burocracia impessoal e sem liderança genuína é a que, segundo Freire, contribui para o enfraquecimento do homem comum, é uma estrutura que se torna uma espécie de “gaiola” para a autonomia individual.
Cultura de honra e desafios à ordem impessoal
Há uma reflexão sobre a importância da cultura de honra, contrastando-a com os valores impessoais da burocracia, sendo que a primeira requer responsabilidade pessoal, enquanto no ambiente oligárquico onde ninguém assume verdadeiramente os resultados das ações coletivas.
“Na cultura oligárquica, todos se escondem atrás de processos e comitês impessoais. Já na cultura de honra, há uma ligação direta entre o indivíduo e sua responsabilidade, o que torna possível cobrar e criticar um líder.”
Freire menciona que, em sociedades tradicionais e aristocráticas, a honra é o fundamento das relações e da hierarquia. Ao contrário da burocracia impessoal, que dispersa a responsabilidade, a cultura da honra valoriza a responsabilidade individual e a transparência das ações.
A desvalorização da família e da liderança paterna
Outro ponto essencial abordado por Freire é a função da família como base para a construção de lideranças fortes, argumentando que a oligarquia se opõe à estrutura familiar tradicional porque esta promove vínculos profundos e uma cultura de responsabilidade mútua que desafia o individualismo e a alienação necessários para a manutenção do controle oligárquico.
“A responsabilidade familiar, especialmente a paternidade, é um antídoto poderoso contra a cultura de fraqueza e de alienação.”
Freire enfatiza que o enfraquecimento da estrutura familiar é intencional, onde o sistema fomenta uma cultura onde a noção de responsabilidade e legado é enfraquecida, o que se reflete na própria ausência de lideranças fortes na sociedade.
A autossabotagem da oligarquia e o ressurgimento da cultura de honra
Freire conclui destacando que a oligarquia, embora promova um ambiente de fraqueza, acaba criando uma sociedade insatisfeita e alienada, o que, em última instância, pode gerar um movimento contrário em busca de valores mais sólidos. A cultura de honra e a restauração da estrutura familiar seriam formas de resistência à ordem oligárquica.
“A verdadeira liberdade e autonomia, especialmente no contexto familiar e da liderança pessoal, representam uma ameaça contínua à oligarquia.”
Guilherme propõe que é possível restaurar a cultura de honra e o respeito pela liderança, desde que as pessoas estejam dispostas a assumir a responsabilidade por suas ações e por aqueles que dependem delas, seja no contexto familiar ou na sociedade em geral.
Por que resistir ao modelo oligárquico?
Freire nos leva a refletir sobre a importância de construir uma sociedade onde a liderança seja autêntica e a responsabilidade, pessoal, destacando que é fundamental para a sociedade resistir aos mecanismos de controle da oligarquia e valorizar a cultura de honra, que promove a coragem, a responsabilidade e o respeito pela família. Segundo este raciocínio, restaurar esses valores é o caminho para resistir à fraqueza que a oligarquia deseja impor.
Em suma, o enfraquecimento das lideranças e da masculinidade no contexto oligárquico seria uma estratégia intencional. Ao promover uma cultura de fraqueza e impessoalidade, a oligarquia visa o controle social, mas, ao mesmo tempo, cria as condições para que se busquem valores mais sólidos e autênticos em contraposição, por gerar um ambiente de insatisfação, fraqueza e alienação.
Guilherme Freire é um professor, conferencista e palestrante em filosofia brasileiro. Foi Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal, bem atuou como na Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná.
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- Duração: 59:20
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- Canal: Guilherme Freire
- Marcador(es): Guilherme Freire, Masculinidade
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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