Descrição
Nesta sua Homilia Diária preparada para o Domingo de Ramos de 2021, mas certamente sem data de validade, o Padre Paulo Ricardo faz uma meditação a respeito da Paixão de Cristo segundo São Pedro, explicando que, como o autor do terceiro Evangelho canônico, São Marcos, foi discípulo do primeiro Papa, seu relato da Paixão de Nosso Senhor foi feito através do olhar e a partir das lembranças de São Pedro, e no que isto implica.
É, pois, neste Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, o Príncipe dos Apóstolos que nos toma pela mão e nos apresenta os capítulos finais da vida de Jesus, desde a sua agonia e prisão no horto, passando pela tríplice negação de Pedro, até o drama derradeiro do Calvário.
A Paixão pelos olhos de São Pedro
Ao meditarmos sobre a Paixão de Cristo através do Evangelho de São Marcos, percebemos que este relato carrega as marcas de quem o testemunhou de perto: São Pedro. Não se trata apenas de uma narração cronológica, mas de uma experiência profundamente pessoal, pois o próprio Pedro esteve presente nos momentos decisivos.
O primeiro ponto destacado pelo Padre Paulo Ricardo é a angústia do horto das Oliveiras. Enquanto Jesus sua sangue e se submete à vontade do Pai, os discípulos dormem. Pedro, que tantas vezes demonstrara sua impulsividade e fervor, não consegue manter-se vigilante. Esse detalhe nos revela o drama da fraqueza humana diante do mistério divino.
A tríplice negação
Um dos momentos mais marcantes da Paixão de Cristo é a negação de Pedro: justamente aquele que declarara estar disposto a morrer por Jesus, o nega três vezes antes que o galo cante. A dor de Pedro é profunda, mas, ao contrário de Judas, se arrepende e chora amargamente. Padre Paulo Ricardo enfatiza que esse episódio não é apenas um deslize moral, mas uma demonstração do quanto a graça de Deus é necessária para sustentar a fé.
O Calvário e a Redenção
O relato de São Marcos nos conduz ao Calvário, onde a Paixão atinge seu clímax. Jesus, coroado de espinhos, flagelado e carregando a cruz, é abandonado por quase todos, exceto por algumas mulheres fiéis e João, o discípulo amado, permanecem aos pés da cruz. Pedro, contudo, não está ali.
Por que essa ausência? Padre Paulo Ricardo sugere que Pedro, devastado pelo peso de sua negação, ainda não compreendia completamente o mistério da Redenção. Apenas depois da Ressurreição e do encontro com Cristo ressuscitado, às margens do Tiberíades, Pedro seria plenamente restaurado.
O olhar de Pedro e a nossa Paixão
Se o Evangelho de São Marcos nos apresenta a Paixão pelos olhos de Pedro, devemos nos perguntar: como vivemos nossa própria cruz? Somos como Pedro, frágeis e medrosos, mas capazes de nos reerguer pelo arrependimento? Ou, como Judas, nos deixamos consumir pelo desespero?
A meditação proposta pelo Padre Paulo Ricardo nos convida a enxergar na Paixão de Cristo um espelho da nossa caminhada espiritual. Pedro caiu, mas levantou-se. Chorou, mas foi perdoado. Negou, mas tornou-se a Rocha da Igreja. Que sua história nos inspire a confiar na misericórdia de Cristo, especialmente neste Domingo de Ramos e ao longo de toda a Semana Santa.
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- Duração: 31:22
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- Categorias: Homilias
- Canal: Padre Paulo Ricardo
- Marcador(es): Cristianismo, Igreja Católica, Padre Paulo Ricardo, São Pedro, Semana Santa, Sexta-Feira da Paixão
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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