Guilherme Freire – O prazer como instrumento de manipulação: uma perspectiva sobre Admirável Mundo Novo

Guilherme Freire fala sobre como o prazer é utilizado como instrumento de manipulação, oferecendo uma perspectiva sobre Admirável Mundo Novo, em particular, como a depravação possui um papel essencial na distopia. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Nesta live realizada ao dia 13 de fevereiro de 2024, em plena semana da porcaria do carnaval, Guilherme Freire fala sobre como o prazer é utilizado não apenas como um ato de depravação, mas também como instrumento de manipulação, oferecendo uma perspectiva sobre Admirável Mundo Novo onde se analisa a obra de Aldous Huxley e, em particular, como o prazer possui um papel essencial na distopia.

Freire contextualiza sua análise no cenário do carnaval — um evento associado à celebração e liberdade, mas que também revela uma superficialidade nas experiências humanas —, relacionando-a à obra de Huxley ao contexto histórico de sua escrita, mencionando a influência de Thomas Huxley, avô do autor, que contribuiu para a disseminação de uma narrativa materialista que moldou a visão ocidental sobre a evolução e o prazer.

A superficialidade do prazer moderno

Durante sua exposição, Freire critica a atual cultura de prazeres imediatos, como a pornografia e o consumo excessivo de informações, que têm substituído experiências mais enriquecedoras. Ele utiliza a analogia do rato em um experimento de laboratório para ilustrar como recompensas rápidas podem cegar as pessoas para as armadilhas da manipulação social.

A manipulação do prazer

Freire argumenta que o prazer em si não é problemático, mas a maneira como isto é injetado na sociedade resulta em manipulação, observando que a cultura contemporânea prega a ideia de esforço mínimo, levando a relações superficiais e à perda de conexões significativas. Huxley, através do personagem “Selvagem”, expõe essa abordagem, ressaltando que o sexo sem amor destrói as relações humanas.

O papel da educação e do conhecimento

A live enfatiza a importância de reavaliar nossa relação com o prazer e a busca pelo conhecimento. Freire conclama os indivíduos a não se contentarem com a superficialidade e a valorizarem a leitura de obras significativas, como as de Shakespeare e Camões, que moldam o caráter e a mente.

Além disso, é sugerido que a educação deve preparar as novas gerações para resistir à mediocridade, incentivando o questionamento e a busca pela verdade. O conhecimento, segundo Freire, é um antídoto contra a manipulação e uma forma de libertação.

Conclusão

A análise de Guilherme Freire provoca uma reflexão essencial: é crucial encontrar um equilíbrio que permita a apreciação do prazer sem sacrificar a busca por uma vida significativa e consciente.


Guilherme Freire é um professor, mestre, conferencista e palestrante em filosofia brasileiro. Dentre várias outras atividades, já foi Secretário Adjunto da Secretaria Nacional da Juventude do Governo Federal e atuou na Secretaria do Planejamento do Governo do Estado do Paraná.

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