Padre Paulo Ricardo – Festa de São Simão e São Judas Tadeu

Nesta homilia para a Festa de São Simão e São Judas Tadeu, o Pe. Paulo Ricardo ensina faz uma meditação sobre dois aspectos de seus ministérios que são indispensáveis para todo sacerdote: a fidelidade e a compaixão. Acesse aqui a descrição completa.


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Descrição

Nesta homilia ministrada para a Festa de São Simão e São Judas Tadeu, o Padre Paulo Ricardo ensina que o sacerdote deve ser fiel, porque unido a Deus; e compassivo, porque unido aos homens, tornando-se, assim, verdadeiramente uma ponte entre o céu e a terra.

São Simão e São Judas Tadeu foram Santos e dois Apóstolos de Cristo; segundo a tradição, ambos foram mártires do Evangelho, na Mesopotâmia. A Igreja comemora a sua festa no dia 28 de outubro: A história dos dois discípulos, unidos pelo amor de Cristo e pelo seu testemunho corajoso, é recordada em uma única data.

Segundo o padre, a Igreja é, por essência, apostólica, porque apostólica é a sua fé, recebida dos Doze, e apostólica é a sua vida, voltada para a salvação das almas, como fizeram os Doze. Neste dia em que celebramos dois deles, São Simão e São Judas Tadeu, é oportuno meditar sobre dois aspectos de seus ministérios que são indispensáveis para todo sacerdote: a fidelidade e a compaixão.

Introdução

Na pregação, o sacerdote católico reflete sobre o papel de um sacerdote, inspirado na vida destes dois apóstolos e mártires, e em sua missão de serem “pontes” entre Deus e a humanidade. Para cumprir essa vocação, explica que o sacerdote deve cultivar duas virtudes essenciais: a fidelidade a Deus e a compaixão pelos homens. É justamente essa fidelidade e essa caridade que fizeram de São Simão e São Judas figuras tão veneradas na Igreja e nos ajudam a entender a missão apostólica como um compromisso de amor e entrega total à fé em Cristo.

Quem foram São Simão e São Judas Tadeu?

Padre Paulo começa recordando o contexto histórico e religioso dos santos celebrados no dia 28 de outubro. São Simão e São Judas Tadeu, ambos apóstolos de Jesus Cristo, foram missionários e mártires na Mesopotâmia. São Judas é especialmente conhecido entre os fiéis como o patrono das causas impossíveis, fama que se consolidou através de uma aparição de Cristo a Santa Brígida, onde Jesus revelou que Judas Tadeu intercederia eficazmente em causas difíceis. Os dois apóstolos são sepultados juntos na Basílica de São Pedro, em Roma, no altar lateral dedicado a São José, uma coincidência providencial no ano do Patriarca da Sagrada Família, o que torna a data ainda mais significativa para os devotos.​

Essa devoção a São Judas Tadeu e a São Simão é não apenas uma lembrança de seus milagres e pregações, mas também uma celebração da vida que eles dedicaram integralmente a Cristo e ao Evangelho. Eles não apenas acompanharam Jesus em sua missão terrena, mas levaram sua palavra a povos distantes, em um esforço de evangelização que custou suas próprias vidas.

O sacerdote como ponte entre Deus e os homens

Meditando sobre a essência do sacerdócio partindo do exemplo destes dois santos apóstolos, o Padre Paulo Ricardo ensina que o sacerdote chamado a ser um pontífice, ou seja, uma ponte que une Deus e o homem. Assim como uma ponte precisa estar firmemente ancorada em ambas as margens para ser eficaz, o sacerdote precisa estar profundamente unido a Deus e aos homens.

A fidelidade e compaixão foram vivenciadas com perfeição por Jesus, o Sumo Sacerdote, que era fiel ao Pai e compassivo com a humanidade. Em Cristo, a fidelidade à vontade divina e a compaixão pelas misérias humanas se encontram de maneira plena, e São Simão e São Judas são exemplos dessa união, pois testemunharam sua fé até o martírio, demonstrando uma fidelidade inabalável e um amor profundo pelos homens, ao levarem a Palavra de Deus mesmo diante das maiores dificuldades.

A fidelidade como fundamento da missão apostólica

Padre Paulo nos lembra que a fidelidade é o primeiro pilar do sacerdócio. Os apóstolos, ao longo de sua vida e ministério, mantiveram-se firmes na doutrina de Cristo, sem desviar-se para adaptações ou compromissos com ideias contrárias à fé que receberam. O compromisso de transmitir a doutrina de Cristo com integridade e sem mudanças é uma responsabilidade fundamental dos sacerdotes, que devem ser fiéis guardiões do tesouro espiritual da Igreja.

O exemplo de São Simão e São Judas Tadeu, que derramaram seu sangue em defesa dessa fé, reforça a importância da fidelidade, pois entenderam que a missão de um apóstolo é, antes de tudo, permanecer fiel ao que foi recebido diretamente de Cristo. A fidelidade, portanto, não é apenas uma virtude pessoal, mas uma missão coletiva que é transmitida de geração em geração na Igreja, mantendo viva a fé apostólica e levando as almas para Deus.

A caridade do sacerdote: a compaixão que leva à evangelização

A segunda qualidade essencial é a compaixão, que se traduz na caridade pastoral do sacerdote. Assim como São Simão e São Judas Tadeu, o sacerdote deve possuir uma caridade que ultrapassa o simples cuidado material, pois a maior caridade é a espiritual, e é a compaixão que leva o sacerdote a pregar o Evangelho e a tirar as almas da ignorância espiritual é o ápice da caridade.

O sacerdote, portanto, é alguém movido pela caridade de Cristo, que não se contenta em apenas ajudar materialmente, mas quer levar a salvação eterna. Esse zelo apostólico foi o que moveu São Simão e São Judas a evangelizar com ardor, mesmo sabendo dos riscos e das dificuldades que encontrariam, vivendo a verdadeira caridade ao levar a luz da fé a todos aqueles que estão em trevas, mostrando-lhes o caminho para Cristo.

A Igreja como comunidade apostólica e herdeira dos Apóstolos

Padre Paulo reforça que a Igreja é, por essência, apostólica, tanto na fé que professa quanto na missão de salvar almas. São Simão e São Judas são representantes dessa herança apostólica, transmitida a cada sacerdote. A Igreja recebe sua fé dos apóstolos e, assim como eles, é chamada a preservar e expandir essa mesma fé. Celebrar esses dois apóstolos é, portanto, uma oportunidade de lembrar que todos os fiéis são herdeiros dessa missão e que cabe a cada um, dentro de sua vocação, dar continuidade a essa missão de evangelizar e salvar.

A fidelidade à doutrina e a compaixão pelas almas são virtudes que devem estar presentes em toda ação apostólica, seja do clero ou dos leigos. Esses pilares, exemplificados na vida de São Simão e São Judas, são fundamentais para que a Igreja continue a ser uma verdadeira ponte entre Deus e a humanidade.

Aprendendo com o testemunho dos Apóstolos

Ao final da pregação, o padre nos convida a buscar a intercessão de São Simão e São Judas Tadeu, para que possamos também viver a fé com fidelidade e compaixão. Esses dois santos, tão distintos em suas histórias e missões, nos ensinam que a verdadeira vocação de todo cristão é ser um testemunho vivo de Nosso Senhor, mostrando que a fidelidade à fé e a caridade para com o próximo são os caminhos que levam ao cumprimento da missão confiada por Deus a todos nós.

Por fim, assista à homilia do Pe. Paulo Ricardo para 28 de outubro de 2021, mas totalmente válida para hoje e sempre, para celebremos juntos a memória dos santos Apóstolos Simão e Judas Tadeu. Que este dia de São Simão e São Judas Tadeu inspire nossa vida cristã, ajudando-nos a buscar essa união entre o amor a Deus e o serviço ao próximo, para que também possamos ser verdadeiras pontes de amor e fé no mundo!


São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos e Mártires (+ séc. I)

Os dois Apóstolos são, desde tempos imemoriais, venerados conjuntamente nesta data.

São Simão, também chamado Zelota e Cananeu, é o Apóstolo sobre o qual as Escrituras contêm menos informações. Segundo uma antiga tradição, era aparentado com Nosso Senhor e foi crucificado pelos judeus.

São Judas Tadeu era irmão do Apóstolo São Tiago o Menor, sendo ambos filhos de Cleófas e de Maria, primos de Nosso Senhor. Há notícias de mais dois filhos do mesmo casal, um dos quais de nome Simão (que alguns autores identificam com o Apóstolo celebrado neste dia).

São Judas Tadeu pregou a Boa Nova do Evangelho em várias regiões do Oriente Próximo e é autor de uma Epístola. Não há informações seguras sobre o local e as condições em que verteu seu sangue por amor ao Divino Mestre.

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