Descrição
Este vídeo do canal Visão Libertária, parte da rede ANCAP.SU, publicado originalmente em 9 de junho de 2024, especula como funcionaria a economia num mundo pós-apocalipse nuclear, analisando inclusive se, tal qual acontece na franquia Fallout, usaríamos tampinhas como dinheiro nesta hipotética situação.
No cenário de Fallout, a guerra entre potências como China, EUA e União Europeia destrói o mundo, levando ao colapso de governos e ao surgimento de novas formas de organização, como milícias e governos baseados na escravidão. Em meio a esse caos, uma pergunta central surge: o que usariam como moeda num cenário onde a infraestrutura econômica tradicional foi destruída?
Tampinhas de garrafa como moeda viável
A resposta pode surpreender: tampinhas de garrafa de Nuka Cola. No universo de Fallout, o qual iniciou-se com o game clássico de mesmo nome em 1997, elas se tornaram a principal moeda de troca. Apesar de parecer absurdo à primeira vista, a escolha das tampinhas faz sentido nesse contexto pós-apocalíptico, pois, com a destruição das fábricas, não havia como produzir mais tampinhas, criando uma oferta limitada – uma característica essencial para uma moeda funcionar de forma eficaz. Além disso, itens como alimentos e água, apesar de valiosos, são perecíveis, o que os torna pouco práticos para armazenar ou trocar. Nesse sentido, as tampinhas representavam uma forma de “moeda” estável e amplamente aceita entre os sobreviventes.
O valor da moeda e o paralelo com o mundo real
Esta análise vai além de Fallout e traça um paralelo com o sistema monetário atual, especialmente com moedas fiduciárias, como o real e o dólar. Assim como as tampinhas têm valor porque as pessoas acreditam nisso, o mesmo se aplica ao dinheiro que usamos no dia a dia. No entanto, ao contrário das tampinhas, o dinheiro estatal é suscetível à inflação, que pode desvalorizar o valor acumulado ao longo do tempo.
No vídeo, são mencionados exemplos reais, como a inflação na América Latina, que muitas vezes ultrapassa 10% ao ano, e casos extremos como a Venezuela e Argentina, onde o colapso econômico levou à perda de valor da moeda. A crítica central é que as políticas inflacionárias e a desvalorização constante das moedas fiduciárias mostram a fragilidade desse sistema, algo que pode ser ainda mais acentuado em um cenário de crise global.
Alternativas monetárias em um mundo caótico
Outro ponto abordado é a comparação entre as tampinhas de Nuka Cola e criptomoedas, como o bitcoin. Ambas são descentralizadas e não dependem de governos para existirem. No universo fictício de Fallout, as tampinhas acabaram se tornando uma moeda internacional, assim como o dólar é hoje. Da mesma forma, o bitcoin, como uma moeda digital descentralizada, pode ser visto como uma solução mais robusta em cenários onde o dinheiro tradicional perde seu valor, seja por colapso econômico.
No entanto, ao contrário do que o vídeo do Visão Libertária parece acreditar, quando pensamos em criptomoedas em um cenário de apocalipse nuclear, surgem algumas questões práticas que tornam essa solução menos viável. As explosões nucleares gerariam pulsos eletromagnéticos (PEMs) capazes de destruir eletrônicos e corromper dados digitais. Isso, somado ao fato de que o a infraestrutura da internet provavelmente seria severamente danificada ou até inexistente, dificultaria ou impossibilitaria a manutenção de redes descentralizadas. Sem uma rede de computadores funcionando e sem eletricidade confiável, a ideia de usar criptomoedas como meio de troca em um mundo pós-apocalíptico se torna bastante problemática. Nesse contexto, a simplicidade de uma moeda física e limitada, como as tampinhas, poderia de fato ser uma opção mais pragmática.
Reflexões sobre o sistema monetário atual
Embora o cenário do vídeo seja fictício, este reflete questões muito reais sobre a sustentabilidade das moedas estatais. O real, por exemplo, já desvalorizou cerca de 90% de seu valor original em apenas 30 anos. Isso levanta a pergunta: até que ponto nossas moedas são confiáveis em tempos de crise? Em um contexto pós-apocalíptico, como o retratado em Fallout, alternativas descentralizadas e não inflacionárias, como tampinhas poderiam ser opções mais sólidas em situações extremas – e talvez até em um futuro não tão distante.
Informações e conteúdo relacionado
Mais informações
- Duração: 08:49
- Visualizações: 4
- Categorias: Curtos
- Canal: ANCAP.SU
- Marcador(es): Cultura pop, Curiosidades, Economia, Games
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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