Descrição
Este curto vídeo publicado originalmente em 21 de abril de 2023 do Brasil Paralelo, perguntando se você sabe quem realmente foi Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, questiona se esta figura foi um herói inventado ou, de fato, um mártir da independência.
A história oficial conta que Tiradentes era republicano, militar e foi morto pelo governo português, teria sido enforcado, esquartejado e pedaços do seu corpo foram expostos em praça pública. Era a figura ideal para um novo regime que buscava apagar qualquer resquício de tradição monárquica restante no Brasil pós-Império. Mas o vídeo propõe uma revisão desse imaginário, mostrando os motivos pelos quais esta imagem poderia ter sido moldada para servir aos interesses do novo regime republicano no país.
O homem por trás do mito
Tiradentes nasceu em 1745, em São João del-Rei, e teve uma vida simples e multifacetada: foi tropeiro, minerador, dentista e militar. Teria aderido cedo a ideais iluministas e se engajado no movimento da Inconfidência Mineira, conspirando contra o governo português com o objetivo de transformar Minas Gerais em uma república autônoma.
Seu grupo planejava prender o governador, o Visconde de Barbacena, mas foi traído por integrantes que buscavam o perdão de suas dívidas com a Coroa. Tiradentes foi condenado e executado em 1792: enforcado, esquartejado, com partes de seu corpo expostas em praça pública como advertência.
Um símbolo construído
O vídeo destaca que a transformação de Tiradentes em símbolo nacional é posterior: sua fama foi efetivada apenas um século depois, com o advento da República. O novo regime, comandado por militares de influência positivista, precisava de um novo herói, dissociado da tradição monárquica e capaz de encarnar os ideais republicanos.
Foi Campos Sales, então Ministro da Justiça e futuro presidente da República, quem propôs tornar o dia 21 de abril feriado nacional e consagrar Tiradentes como patrono da independência brasileira, substituindo simbolicamente Dom Pedro I.
O Cristo cívico e suas contradições
A imagem de Tiradentes foi moldada para se assemelhar à de Cristo: cabelos longos, barba espessa, semblante sereno e postura sacrificial. No entanto, historicamente, como militar, Joaquim provavelmente poderia ter usado no máximo um bigode.
A força do mito gerou desconfianças e teorias alternativas: desde a ideia de que ele teria fugido para a França até a hipótese mais extrema de que sequer teria existido. O vídeo não afirma essas teorias, mas as cita como sinais de que a construção simbólica em torno de Tiradentes merece ser analisada criticamente.
Toda história pode ser recontada
O ponto central do vídeo é o alerta sobre a maleabilidade da história. Narrativas podem ser editadas, adaptadas, distorcidas — e é papel de cada um buscar fontes seguras e participar ativamente do debate público.
A figura de Tiradentes, seja como herói autêntico ou como construção ideológica, serve de exemplo para refletirmos sobre a memória nacional e os usos políticos do passado.
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Mais informações
- Duração: 03:57
- Categorias: Comentários
- Canal: Brasil Paralelo
- Marcador(es): História, História brasileira
- Publicado por: Equipe Direita Realista
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